Partilhei convosco este pequeno filme, de uma série que seguia sempre, da qual fiz coleção de cromos e que adorava. Numa altura, não há tantos anos atrás, embora no século passado, em que as "novas tecnologias" eram a rádio, a televisão e o cinema, esta série despertou em mim o meu amor pela História.
Muitas críticas se poderão fazer, se a formos analisar detalhadamente, mas para mim isso era irrelevante. Ela mostrava-me o passado, fazia-me sonhar que pertencia a outras épocas e que vivia mil aventuras. Nela eu era a pastora, a princesa,...
Este amor era partilhado pelo meu saudoso pai, um homem da marinha que adorava contar histórias. Eu sentava-me ao colo dele e pedia-lhe: "Papá conta-me histórias da tua vida." E ele contava. Umas divertidas, outras mais sérias, mas sempre emocionantes. Foi com ele que visitei todos os museus de Lisboa, sendo que o meu preferido era o Museu da Marinha. E eu queria ser homem....não porque não gostasse de ser menina, mas porque naquela altura só os homens iam para a marinha e eu queria viajar e viver aventuras. Ficava imenso tempo na sala do Oriente, onde havia armaduras samurais e olhava para os quadros das guerras navais, tão realistas que quase se podia ouvir o barulho dos canhões, cheirar o fumo e sentir a força das ondas.
Para mim tudo isto é História.
A minha História.
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